Análise formal
Trabalho realizado pela colega Mafalda Ferreira
Aqui podes encontrar ligações a sítios da internet, informações úteis para as tuas tarefas e actividades escolares. Lembra-te que pior do que errar é nem sequer tentar. Então por que não tentas?
Brinquedo
Foi um sonho que eu tive
Era uma grande estrela de papel
Um cordel
E um menino de bibe
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel
E o menino ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.
Análise externa ou formal
Este poema não segue uma estrutura formal, pois segue uma ideia de liberdade formal defendida pelos poetas do séc. xx.
O esquema rimático é abba/cdcd/efef, ou seja, interpolada em a e cruzada nos dois últimos versos.Quanto ao número de sílabas métricas o poeta não segue a estrutura normal devido à estrutura variada do séc. xx.
Análise interna
O tema central do poema é o sonho , que na realidade aparece sob a forma de esperança ,uma vez que, o «eu poético» lança a estrela de papel e de repente ela transforma-se numa verdadeira estrela , daí a introdução da metáfora vinda por parte do sujeito poético para demonstrar a magia.
Há um paralelismo entre a estrela e Miguel Torga, já que, de uma hora para outra deixa a forma de papel e transforma-se numa verdadeira estrela neste caso homem ”Mas tão alto subiu/Que deixou de ser estrela de papel”.
Na primeira parte do texto inicia se um sonho onde se insere uma estrela de papel, um cordel e um menino de bibe. A estrela representa a esperança de um dia brilharmos: “O menino tinha lançado a estrela / Com ar de quem semeia uma ilusão”; o cordel demonstra que num determinado momento podemos estar presos a algo e, no seguinte, já não estar “(...) E o menino ao vê-la assim ,sorriu/ E cortou-lhe o cordel; o menino representa a alegria e a esperança “(...) Foi um sonho que eu tive / Era uma grande estrela de papel / Um cordel/ E um menino de bibe”.
Na segunda parte do texto deparamo-nos com o desejo do menino de lançar a estrela, ou como nos diz o poema, como de quem semeia uma ilusão.
Nos últimos versos, o desejo de a lançar já fora realizado, a estrela já se tinha transformado e o resultado pretendido fora alcançado, reparamos também que o sujeito poético utilizou os verbos no pretérito imperfeito, pois retrata a sua rica infância e a lembrança de um dia ter sido criança.
Trabalho realizado pela colega Denise.