Estrutura externa e interna de «Os Lusíadas»

Estrutura externa. A obra divide-se em dez cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes, sendo o canto X o mais longo com 156 estrofes.

Todas estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é constituído por dez sílabas métricas.  O esquema rimático de cada estrofe é; ABABABCC, ou seja, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos versos.

Estrutura Interna

O poema é constituído por quatro partes:

A proposição, onde o poeta apresenta o que vai «cantar», Canto I, estrofes 1-3;

A Invocação, o poeta faz um pedido às suas musas inspiradoras, as Tágides, ninfas do tejo, Canto I, estrofes 4 e 5;

A dedicatória, uma parte inovadora, onde o poeta dedica o poema a D. Sebastião;

A narração, é a parte mais extensa e constitui o corpo da epopeia, contando a viagem marítima, articulando-se em quatro planos narrativos, Canto I, estrofe 19 até ao fim do Canto X, final do texto.

Os planos narrativos

Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da articulação de quatro planos narrativos:

Plano central, ou fulcral; viagem de Vasco da Gama à Índia;

Plano do maravilhoso, intervenção dos deuses do Olimpo na viagem, sendo um plano paralelo e narrado em alternância;

Plano da história de Portugal, plano de encaixe no plano fulcral,  onde são narrados em analepse episódios marcantes da história de Portugal, narrada por Vasco da Gama ao rei de Melinde.

Plano do poeta, onde não narre acontecimentos, Camões faz reflexões pessoais de temáticas variadas.

0 comentários: